O story telling é a arte de contar uma história que marque pessoas. O segredo é sempre ter pessoas conectando com outras pessoas, seja imaginando, seja visualizando o que está sendo narrado. Se um consumidor conectar com alguém da sua empresa, consequentemente, está conectando com a sua marca. Por isso é fundamental contratar contadores de histórias. Seus funcionários são porta-vozes da sua empresa, independente do setor onde trabalhem.

Se você parar para observar, é no dia a dia que as historias se propagam. Comentários como “toda vez que entro na loja da Reserva, morro de rir com o vendedor” são extremamente marcantes. “Toda vez que viajo de Avianca, me sinto bem tratada”. “Toda vez que compro um sapato na Schutz, me sinto uma cinderela”. Tudo isso tem a ver com experiências pessoais e intransferíveis, mas são exemplos de pessoal recrutado com cuidado para refletir a marca que carregam em si. E cada experiência dessa tem um potencial enorme de virar uma história que constroi ou destroi uma marca.

Mas como ampliar ainda mais essa experiência? O story telling ajuda, porque transfere para uma narrativa bem pensada o que a marca carrega. Veja o caso do Red bull. Na minha humilde opinião, eles são autoridade máxima em story telling e em branded content. Branded content é uma outra maneira de traduzir sua marca produzindo seus próprios conteúdos. Em ambos os casos, o Red bull cria competições, cria videos, cria ações de esportes radicais pelo mundo, com um único tema: Red bull te dá energia para fazer coisas muito loucas, para se aventurar, para viver a vida intensamente. Isso tudo era livremente expressado pelo slogan “Red bull te dá asas”. Infelizmente umas pessoas chatas processaram a empresa porque acharam que realmente criariam asas (e acham que foram enganadas). Ser moralmente correto tem seus contra-pontos. Mas enfim…

Quando vejo o Carlos Burle surfando umas ondas enormes, lá está o jetski do Red bull do lado. E lógico que quando o cara saltou da estratosfera pela primeira vez no mundo, era um atleta Red bull. Não adianta fechar os olhos, inconscientemente, já associamos a marca à momentos de adrenalina.

Outra marca que faz isso muito bem é a Gopro. Você compra a camera achando que é atleta e no outro dia, parece que já está estrelando no canal Off. Teve uma época, que era o único email aguardado na minha inbox de sextas. Eu sabia que ali receberia uma história legal, de uma aventura épica. Toda sexta-feira.

 

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Fonte: https://gopro.com/channel/photo-of-the-day/cloudbreak-kite-session

Em um outro contexto, um exemplo de story telling marcante é da marca Toms. Eles fazem umas sapatilhas de panos, iguais as que os argentinos sempre usaram. A diferença é a história deles. O lema deles é que a cada sapato comprado, um é doado ou seja, “one for one”. A sapatilha custa em torno de 50 dólares cada, preço justo fora do Brasil. E ai, quando vc pensa que na verdade cada sapatilha custa 25 dólares, só que uma delas está indo para uma pessoa necessitada no mundo…. WOW minha pseudo-futilidade acabou de virar um ato de caridade.

 

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Fonte: http://www.toms.com/stories/giving/giving-shoes-with-reap-an-impact-study

Entendeu como contar histórias cria uma conexão poderosa com as pessoas que criam e disseminam as marcas?

Se eu sou fan dessas marcas todas? Lógico. Comprando ou não, como boa marketeira que sou, adoro uma história incrível.

 

Texto: Sabrina Gallier – Marketing Advisor